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Exercício físico e cérebro: conheça um pouco do doutorado desenvolvido pelo mentor da BreakFit

Atualizado: 12 de fev. de 2023


Os benefícios da atividade física regular vão muito além de uma simples perda de peso ou um corpo musculoso.


Está bem definido pelos cientistas do esporte e da medicina que fazer exercícios físicos regularmente é uma das melhores maneiras de ter saúde, qualidade de vida e longevidade.


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Congresso Neuroadenosina, Espanha, 2010

De forma geral, os riscos para muitas doenças, como AVC, diabetes, câncer e tantas outras, são reduzidos nas pessoas fisicamente ativas.


Os efeitos deletérios do SEDENTARISMO já foram abortados em nosso site. Clique AQUI e leia este belo artigo em detalhes.


Entretanto, os estudos avaliando os efeitos da atividade física sobre a função cerebral são mais recentes e possuem resultados animadores.


Os primeiros levantamentos associaram o nível de atividade física com melhoras no aprendizado e memória e menor risco de desenvolver demências e Alzheimer.


Um estudo recente, "physical activity and brain health", detalhou os efeitos da atividade física sobre a saúde cerebral. Clique no título do estudo para ter acesso e ler mais detalhadamente.


Este assunto, exercício físico e cérebro, foi o tema abordado na tese de doutorado desenvolvida pelo mentor da BreakFit, o professor de educação física Marcelo Silveira da Costa.


A tese, realizada no Departamento de Bioquímica da UFRGS, encontra se disponível na íntegra no site da universidade para qualquer entusiasta ou cientista que queira acessar o documento (AQUI).


Neste artigo, iremos detalhar os procedimentos e os resultados encontrados pelo professor Marcelo Costa.


A tese, defendida em 2012, teve como título “O impacto da frequência do exercício físico sobre proteínas sinápticas e o comportamento de ratos durante a fase adulta e no envelhecimento“.


Ratos foram submetidos a um treinamento em esteira de 20 minutos em intensidade moderada durante 8 semanas.


Os roedores foram divididos de acordo com a idade, "adulto" x "idoso", e a frequência semanal de treinamento, 1, 3 e 7 vezes por semana.


Ao final do período de treinamento, os ratos foram submetidos a testes comportamentais e de memória e aprendizado.


O cérebro dos roedores foi dissecado para as análises neuroquímicas.


A tese rendeu 2 estudos científicos que foram publicados em revistas internacionais da área neurológica.


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Grupo laboratório bioquímica 26, 2012

O primeiro deles, intitulado "THE IMPACT OF THE FREQUENCY OF MODERATE EXERCISE ON MEMORY AND BRAIN-DERIVED NEUROTROPHIC FACTOR SIGNALINGIN YOUNG ADULT AND MIDDLE-AGED RATS" pode se acessado clicando neste link.


É reconhecido cientificamente que a atividade física promove benefícios para a memória e aprendizado.


Entretanto, as variáveis e como exatamente a atividade física promove esse benefício ainda é controverso, principalmente quando vamos analisar a característica da população, como diferenças de idade, e o tipo de teste aplicado.


Neste estudo, foi observada uma tendência em reverter o prejuízo na memória de reconhecimento associada à idade.


Os ratos mais velhos que treinaram em esteira apresentaram melhores índices de memória que os sedentários, independente da frequência semanal do treinamento físico.


Uma das proteínas que tem sido associada aos benefícios cognitivos é a Fator Neurotrófico Derivado do Encéfalo, conhecido pela sigla BNDF.


Apesar dos estudos em geral encontrarem elevados níveis desta proteína, os achados desta tese não são claros com relação ao BDNF e sua sinalização, provavelmente pela dificuldade que é o controle de todas as variáveis envolvidas, principalmente em animais.


O segundo artigo escrito à partir desta tese também foi publicado em uma revista internacional "Treadmill running frequency on anxiety and hippocampal adenosine receptors density in adult and middle-aged rats".

Para nossa surpresa, observamos que os ratos adultos submetidos ao treinamento físico em esteira apresentaram um comportamento semelhante à ansiedade, independente da frequência semanal.


Entretanto, já está documentado que atletas que ficam algum tempo sem treinar podem apresentar ansiedade pela abstinência da atividade física.


Neste estudo, os animais ficaram no mínimo 48 horas sem a corrida em esteira.


Porém, o resultado mais animador de toda esta tese é sobre o receptor de adenosina do tipo 2.


O aumento desta proteína em alguma regiões do cérebro está associado ao desenvolvimento de doenças neurológicas, como o Alzheimer, e disfunções cognitivas, como dificuldades de aprendizado e memória.



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Com o avançar da idade, o nível desta proteína encontrasse elevado, conforme confirmamos em nosso estudo.


Entretanto, o protocolo de exercícios foi capaz de impedir este aumento, com maior eficiência naqueles que treinaram 7 vezes por semana.


A figura ao lado mostra os resultados do treinamento físico sobre os receptores de adenosina.



Este achado tão importante e pioneiro pode explicar, em parte, como o exercício físico atua como neuroprotetor, de acordo com os primeiros estudos epidemiológicos.


O artigo publicado foi tão aceito pela comunidade científica que permaneceu por muitos meses como o TOP 1 da área, entre mais de 6 milhões de estudos publicados, mostrado abaixo em print.


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Fazer doutorado não é uma missão fácil. Requer plena dedicação e muita renúncia diária.


Mas os resultados e toda experiência é algo muito gratificante que são levados para a vida inteira, seja pessoal ou profissional, independentemente se a escolha for acadêmica ou outra área de atuação.



O doutorado ensina para a vida, muito além da academia.

COMO A BREAKFIT PODE AJUDAR VOCÊ A TER SAÚDE NEURAL?


A BreakFit possui um método inovador, desenvolvido à partir da calistenia, cross training, treinamento funcional e HIIT.


Essa característica promove uma ampla diversidade de treinos e uma intensidade adequada capaz de estimular o sistema nervoso a liberar neurotrofinas capazes de promover mais saúde mental e benefícios cognitivos.


Dentre os benefícios cognitivos, podemos observar ganhos significativos em aprendizado e memória nas pessoas que treinam com mais intensidade e diversidade.


Na saúde mental, controle da ansiedade e redução do estresse e depressão são respostas visíveis nos praticantes de atividade física regular.


Além disso, quem tem uma vida fisicamente ativa possui um menor risco de desenvolver demência, Alzheimer e Parkinson.


A atividade física regular, intensa e diversificada promove mais saúde para o cérebro.

Clique no botão de Contato e converse com um dos nossos professores. Ou entre em contato via whatsapp para agendar agora mesmo UMA SEMANA DE AULAS EXPERIMENTAIS.

* escrito por:

Marcelo Costa, Professor de Educação Física e Doutor em Bioquímica

CREF 2562/RS

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