Gravidez e exercício físico: será que pode?
- teichmannde
- 1 de ago. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 3 de mai.
A gestação é um momento mágico para as mulheres, afinal, gerar um novo ser, uma nova vida, é o ato mais sublime da natureza.

Fonte: Freepik
No entanto, por mais preparadas que as futuras mamães estejam, sempre bate aquela preocupação sobre como levar esse período gravídico da forma mais saudável possível, tanto para si quanto para o bebê.
Afinal, a gestação é um período de grandes mudanças fisiológicas, anatômicas e psíquicas, um verdadeiro desafio!
Tanto é que algumas pessoas ainda confundem gestação com restrição, como se estivessem impossibilitadas dos afazeres cotidianos (salvo exceções clínicas) como trabalhar ou mesmo praticar atividade física.
Diante disso, futura mamãe, você pode estar se perguntando: é o período ideal para treinar?
Para responder esse questionamento, resolvemos expor alguns benefícios e demonstrar que SIM, É POSSÍVEL e RECOMENDADO manter-se ativa durante o período gestacional.
Pense nisso, a motivação adicional que um bebê representa para adoção de comportamentos mais saudáveis como a prática regular de atividade física e uma dieta mais equilibrada, faz da gravidez uma altura ideal para modificações positivas no estilo de vida.
Aproveitemos a oportunidade mamães! Fonte: Freepik

Em 2020, o American College of Obstetricians and Gynecologists recomendou o seguinte:
“Na ausência de complicações médicas ou obstétricas, as grávidas devem praticar exercício de uma forma moderada, durante pelo menos 30 minutos por dia, na maioria ou em todos os dias da semana.”
Estas recomendações são válidas quer para mulheres fisicamente ativas, quer para mulheres sedentárias previamente à gravidez.
Baseado nessa recomendação, o treino que a Breakfit proporciona é ideal: raṕido (30 minutos), eficaz, integrativo e pode ser realizado tanto na modalidade online quanto presencialmente no box, ou seja, cabe na rotina de todas as grávidas!
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Diversos benefícios podem ser observados com a prática regular de atividade pelas gestantes, extensivos tanto às mamães quanto ao bebê, confere aí:
- Manutenção do controle metabólico da glicose, prevenindo o temido diabetes gestacional;
- Controle do ganho de peso corporal na gestante;
- Redução da necessidade de cesárea e facilitação do parto normal;
- Redução de complicações obstétricas e melhor recuperação no pós-parto;
- Redução da ansiedade natural ao processo de gravidez;
- Controle dos níveis pressóricos: a hipertensão arterial gestacional é uma das complicações mais prevalentes no ciclo gravídico-puerperal, tem incidência entre 6 a 30% das gestantes, e em situações mais graves pode levar à pré-eclâmpsia e eclâmpsia!
- Melhora da postura e controle de dores: a lombalgia é um sintoma muito comum em gestantes, acometendo aproximadamente 50% das mulheres e ocorre principalmente no último trimestre da gestação.
- Redução do risco de depressão e blues pós-parto;
- Auxilia também na preservação da massa muscular, diminuição de peso gordo e fortalecimento das articulações e ossos, melhorando o processo de sustentação do corpo proporcional ao aumento do peso corporal;
- Fortalecer os músculos do abdômen, assoalho pélvico e dorsais, que auxiliam a gestante a manter a postura alinhada, reduzindo as lombalgias e a acentuação da cifose torácica. O fortalecimento desses músculos participa e dá suporte inclusive durante o trabalho de parto!
- Auxilia no processo de amamentação: as mamães que praticam exercício físico na gravidez amamentam durante mais tempo, uma vez que o excesso de peso e a obesidade estão associados a uma menor duração da amamentação!
- Melhora do sono da gestante;
- Fortalece o sistema imune da gestante e consequentemente o do bebê
- Alguns estudos ainda mostram que um programa de exercício físico iniciado numa fase precoce da gravidez, durante a fase hiperplásica do crescimento placentar, pode aumentar a capacidade funcional da placenta, melhorando a distribuição de nutrientes e assim o crescimento fetal;
- Vale ainda citar a série “Corpo Humano: Nosso Mundo Interior” da Netflix, a qual traz um benefício muito interessante do exercício físico na gestação: mamães ativas durante o período de gravidez podem inclusive gerar bebês com maior propensão à atividade física e brincadeiras saudáveis.
Leia também: Maternidade e corpo em dia: é possível?

Interessante demais, não é?
Vale ainda citar algumas precauções e cuidados especiais ao se exercitar:
Manter uma hidratação oral abundante durante a prática da atividade física;
É aconselhável que as grávidas façam uma refeição leve 30-60 minutos antes da sessão de exercício;
Evitar locais muito quentes e úmidos;
Fonte: Arquivo pessoal Breakfit
Cases reais na Breakfit:
Feita a exposição científica, que tal darmos uma olhadinha, na prática, em algumas alunas (hoje já mamães) que fizeram da atividade física uma aliada no processo gestacional e enfrentaram de modo mais saudável e suave todo esse percurso.

Nossas alunas Daiane e Juliana em plena atividade durante a gestação.
Não se abalaram com a pandemia, entenderam os benefícios da atividade física durante a gravidez e fizeram do treino um aliado nesse lindo processo gestacional.
Fonte: Arquivo pessoal Breakfit

Denise, nossa outra aluna e hoje também mamãe entendeu a importância de se manter ativa durante a gestação do Arthur.
São exemplos de mamães que venceram os mitos, buscaram mais saúde para si mesmas e para os bebês.
E você, está esperando o quê para começar hoje mesmo a ter uma gestação mais saudável?

Fonte: Arquivo pessoal Breakfit
No final, o mais importante é termos grávidas felizes, que desfrutem de uma gravidez calma e serena, com crianças mais saudáveis ao nascimento e na infância.
Fonte: Arquivo pessoal Breakfit
Escrito por André Teichmann, aluno de medicina UFCSPA
Fontes:
CLAPP III JF, KIM H, BURCIU B, LOPEZ B: Beginning regular exercise in early pregnancy: Effect on fetoplacental growth. Am J Obstet Gynecol 2000;183(6):1484-8
MAGRO-MALOSSO, E. R.; SACCONE, G.; DI TOMMASO, M.; ROMAN, A.; BERGHELLA, V. Exercise during pregnancy and risk of gestational hypertensive disorders: a systematic review and meta-analysis. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, v. 96, n. 8, p. 921-931, 2017.
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