AVC: a atividade física como aliada na prevenção e reabilitação
- Marcelo Costa
- 16 de jul. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 30 de jul. de 2022
Recentemente, o noticiário local chamou a atenção da população ao falar de um estudo desenhado por um hospital de referência que irá abordar os efeitos comportamentais sobre o acidente vascular cerebral, conhecido como AVC, a doença que mais mata os brasileiros.

Na China, em 2010, o AVC matou 3 pessoas a cada minuto.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é definido como um comprometimento neurológico focal, às vezes global, de ocorrência súbita e duração de mais de 24 horas (ou que causa morte) e provável origem vascular.
E quem acredita que o AVC é uma doença que ocorre apenas na velhice está completamente engando, pois dados do Ministério da Saúde apontam que entre 1998 e 2007, houve um crescimento de 64% nas internações por AVC entre homens de 15 a 34 anos, e de 41% entre mulheres na mesma faixa etária.
É cada vez mais frequente os casos de AVC em homens e mulheres jovens.
Na tabela abaixo, organizada pela OMS, temos um resumo detalhado dos tipos de AVC.

Como identificar uma pessoa com AVC
A identificação rápida dos sintomas de um AVC é essencial para evitar sequelas graves e irreversíveis, incluindo a morte.
Os principais sintomas são:
Fraqueza de um lado do corpo
Alteração ou perda de visão
Dificuldade para falar
Desvio de rima labial (sorriso torto)
Desequilíbrio e tontura
Alterações na sensibilidade
Dores de cabeça fortes e persistentes
Dificuldade para engolir
A aplicação de um teste bem simples, conhecido como SAMU, facilita no reconhecimento de um AVC e, caso identificado algum destes, o socorro deve ser solicitado o mais rápido possível.

Principais fatores de risco para o AVC
Como ocorre com tantas outras doenças cronico degenerativas, os fatores de risco para o AVC são classificados em categorias, conforme detalhados na tabela abaixo desenvolvida pela OMS.

Em países desenvolvidos, a OMS considera o diabetes um fator de risco para o AVC isquêmico, enquanto o papel da hipercolesterolemia como fator de risco para AVC é um pouco controverso, pois há evidências de que níveis mais baixos de colesterol total poderiam estar associados a um risco menor de AVC isquêmico mas também poderiam ser acompanhados de maior incidência de AVC hemorrágico.
90% dos casos de AVC poderiam ser evitados através de pequenas mudanças no comportamento humano.
A importância da atividade física no AVC
Quando comparados com indivíduos sedentários, indivíduos fisicamente ativos possuem um risco 27% menor de sofrer um AVC.
Mas como a atividade física regular pode proteger contra um AVC?
A ciência tem demonstrado que a atividade física regular promove alterações no nosso organismo que são essenciais na prevenção do AVC, tais como:
perda de peso;
redução da pressão arterial;
redução da resistência insulínica;
melhora na função endotelial;
melhora no metabolismo lipídico;
redução no processo inflamatório;
redução dos marcadores apoptóticos;
aumento da angiogênese;
A atividade física regular tem sido cada vez mais incentivada na mídia e pelos médicos como forma de evitar um AVC, sendo a recomendação mais comum as caminhadas diárias de longa duração, de aproximadamente 60 minutos.
Entretanto, um grande estudo recentemente realizado nos Estados Unidos mostrou que o tempo despendido em atividades físicas não estava associado à redução do risco de AVC. As caminhadas foram inefetivas contra o AVC.
Somente as atividades mais intensas reduziram o risco de AVC.
Outro estudo ratificou a importância da intensidade da atividade física na proteção contra o AVC, sendo verificado um risco de 43% nas pessoas que realizaram as atividades físicas de maior intensidade, benefício visto inclusive em atividades com menos de 25 minutos por dia.
Estes resultados reforçam ainda mais a importância das pessoas realizaram atividades físicas mais intensas para atingir os benefícios para a saúde, conforme já discutimos em outro post (veja).
Atividades físicas que não te exigem não darão resultados
O BreakFit como um "remédio" contra o AVC
O BreakFit é um método desenvolvido a partir do treinamento funcional, calistenia, cross training e HIIT (sigla para treinamento intervalado de alta intensidade). Saiba mais sobre o método.
As sessões de treinamento são compostas por diferentes exercícios que trabalham o corpo como um todo, com grande massa muscular envolvida e pouco intervalo entre os mesmos, resultando em intensidades mais elevadas.
Conforme mencionado ao longo deste artigo, essa estratégia de exercícios e sessões de treinamento mais intenso fazem do BreakFit uma arma eficiente no combate ao AVC.
E o BreakFit é ideal e seguro para qualquer grupo de pessoas, sejam sedentários ou ativos, jovens ou idosos, com problemas articulares ou cardíacos, no peso ideal ou com muitos quilos para perder, e até para quem já teve um AVC. Sabem por quê?
Porque são adotados protocolos essenciais para que o treinamento seja seguro e, ao mesmo tempo, efetivo, tais como:
Anamnese: os professores fazem uma conversa com o aluno para conhecer fatores importantes na orientação para os exercícios e, caso necessário, é indicado consultar com seu médico para melhor avaliação da situação;
Avaliação física: medidas são realizadas conforme as necessidades para assegurar que o treinamento esteja sendo eficiente;
Posturografia: análise da postura ajuda na orientação para os exercícios físicos;
Prescrição individualizada: apesar das aulas serem em grupo, os professores modificam constantemente os exercícios para atender as características físicas e clinicas de cada aluno;
Aquecimento: exercícios articulares e de mobilidade são aplicados no início de cada sessão para preparar o corpo para a fase mais intensa do treinamento;
Volta à calma: exercícios de alongamento e relaxamento ao final da sessão de treinamento ajudam na recuperação do corpo após treino intenso.
No vídeo abaixo, temos nosso aluno A.P., 74 anos de idade, realizando um exercício em corda naval, utilizada para trabalhar a região do core e membros superiores, aumentando a demanda energética e resultando em maior intensidade de esforço físico.
O BreakFit segue protocolos de segurança e eficácia.
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* escrito por Marcelo Costa, Professor de Educação Física e Doutor em Bioquímica- CREF 2562/RS
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